Desde que a palavra protesto
Caiu em esquecimento
O povo triste com o olhar desamparado
Vive de lamento
Sem rancôr e de olho fundo
Envelhece calado ao mundo
Na boca as palavras que minam
Os carros que passam buzinam
Banquim de calçada
Buzina de Vespa
Carroça passando
Ainda bem que hoje e sexta
A cidade se move
Enquanto o voto promove
Votos a quem se conhece
Destino sem URNA
E o povo é quem padece
Já sei que é você
Pra quê o suspense ?
Bilhete na mão sem valor
Desculpe! Não sabia que era só “Doutor”
Agora o povo anda estérico
Por um cargo ao Sr. Meretíssimo
Que lhe foi dado
Sem Mérito
Society moderna
Chacina na esquina
Não vendo ou assino
Nem aqui nem na China
Assassino esse voto
Em controle remoto
Destruo o bilhete
Em frente seu gabinete
Já sei, tire as mãos de mim!
Cueca, chinelo e sabonete
Dê adeus a imunidade
Agora somos nós que ditamos
A verdade
Quem disse que pimenta
Nos olhos dos outros não ardia
Vizinhos de Cela…
Se suas leis funcionarem
Quem sabe algum dia?!