Wednesday 31 March 2010

Generosidade governamental!


A ganância na política já é vício

A má atitude excessiva em pessoa

Desejo da mente intelectual que se acha única

Profunda dedicação ao ilícito

Ao aceno sorridente à multidão

Sucesso financeiro absoluto

Atos virtuosos

Que não aumentam

Nem caem dependendo da ação do mercado

Agora ele, novíssimo investidor...

Precisa entender que o Povo

Já questiona tal recompensa

Por tais grandiosos serviços

Isso nos leva com um punhal a boca

Ao coração da discórdia em busca

De explicações ainda em vão

O Povo e essa política aleijada

Andam em direções contrárias

Tropeçando uns nos outros

Sem desculparem-se.

Duas crianças com problemas

Neuro-motor à capacidade

De comunicação, mas à prática da corrupção.

Corromper, manipular, enganar...

A sua maior aptidão.

Pode-se chegar ao extremo da avareza

Tirando a vida de seu desafeto

A fim de o topo alcançar com destreza

O selvagem capitalismo, o seu único dialeto.

Posso então querer ser o átomo da paz

Que junto a outro se una cada vez mais

E na vitória às adversidades

Trocar pela generosidade...

E a inteligência nos faz escolher com sabedoria

Aqueles que nos representa com maestria.

Portanto, a falta de informação da maioria da população

Deixam à vontade, as lideranças de todas as instâncias

E o povo, perplexo, atônito, incrédulo, SEM AÇÃO!


Me falta o chao


O meu Deus ainda hoje se pega com o olhar

De quem monta um quebra-cabeças faltando pedaços

Com um dedo no queixo tentando lembrar o que fizera

Daqueles papéis que contiam anotações sobre os talentos

Que à mim eram endereçados

Mas a relação do mundo com o orgânico dentro de mim

Fez com que essa reciprocidade tornasse mais claro e certamente

Sem garantias de sucesso professional.

Friday 26 March 2010

Brasilia 50



Brasília

( Adriano Carrijo)


Teatro cortina aberta de palco


Onde reverente o Sol se apresenta


Espero pra vê-lo sair


Sussurra ao vento que ostenta


O mito das pedras dalí



Reflete a magia em seus rios


Espelhos e desafios


Um feixe nas folhas do Ipê


Cerrado que me fez crescer



Arquitetura vale bastante


Orgulho estampado


Por Niemeyer em meu semblante


Não dispenso a identidade


Que introduzimos a essa cidade


Massacrada e difamada por politicagem



Miscigenação multicultural


Rapadura, baião e mingau


Corações presos por amor


De quem mora e quem já morou


Da saudade que quer matar


E não param de pensar um segundo sequer

Em voltar.


Sunday 21 March 2010

Ao cerrado


Aquele poeta tentou formar-se em letras

Que usava intensamente as letras

Que abusavam do poeta

Que o deixavam sem dormir

Que exigiam minuciosas

Em troca de uma bolha

Que segundo as letras se tornariam

Em palavras

E crescendo mais um pouco virariam dialetos

Se alastrando venenosa tornariam-se idiomas

Esticando-se a vontade mais o avesso da pronύncia

O Poeta hoje tem a doçura dos costumes

Que formara sua cultura

E diferem tantos laços

Dos Países e outros sábios

De costumes e embaraços

Bolha essa de ilusão

Construída por ele em cursiva à mao

Caracterizou certamente a nação

E traz de volta ao coração

O que a distância

Espalhou no chão

Divido essa distância contigo

Preparo arranjos de trigo

À mesa se sentam os amigos

Surpresas virão eu te digo

Não perco a vontade jamais

Isso eu jurei por demais

Que um dia essa Bolha de sais

Ácido ou minerais

De dentro de sí sairia

Na esperada partida do cais

Poeta agora se salva

A sí próprio e tua alma

Mendigo de sua raíz

Escreve agora com giz

Foi isso que eu sempre quis

De volta ao cerrado querido

Agora como marido

Escrevo e ressalto

Em negrito ou colorido

O que eu no fundo sabia

Que dessa água eu beberia

E pro mundo real voltaria.

Friday 19 March 2010

Biombo chines



A Mocinha se esconde dos dragões

Atrás daquilo que se move suavemente

Com o vento

Olhares vagos criados por mim nessa cena

Que me despõem de tempo

Pra usar livremente

Um leque de louça cai e se quebra

- Quisera fosse grande quantia de ideas

Magia lançada sobre minha imprudência

Então graciosamente lambe o suor de seu buço

Que virando-se olha por cima dos óculos

Que desliza empurrado no impulso de um dedo

Dedo esse que descera sobre o nariz alcançando a boca

Empurrado pelo lábio em posicao de beijo

Supondo o silêncio

Que eu me cale

Que eu pagaria

Já pago caro

Recolho a mim mesmo e aos cacos do leque

Dragões nao me assustam

Apareço de novo sem medo nem pressa

Obedeço outra vez

Me calo sentido

Se isso traz medo

Abaixe sua guarda

Humilde me curvo

Penetro insano

E desprezo a procura

Me tranco com outras

Espero sua íra

De volta à tuas unhas

Formamos um par

Flores e Dragões

Jamais


Deixarei de pintar