Que por essa janela em viagem você possa ver além
Além do verde, o ouro por trás daquela igrejinha no horizonte
A luz clara além do reflexo de um rabisco no vidro pelo lado de fora
Decifrar além do borrão que passa rápido
Indecifrável imagem no capim à beira do asfalto
Focar além daquela árvore seca na colina estática, que despreza a física
Que em vida produziu vivo embora longe desapercebido teu fruto
Ver além do que nos guarda guiado ao som de chuva
No pé de vento sobre as folhas agora varridas a sua volta, em teu retorno
Vá além e toque em tudo, no que é real