Saturday 25 June 2011

Sem nada


No quebrar da corda
Minhas maos sem as tuas
Na caida sem fim
Ainda caio
Sem se dar por mim

No vazio vento frio
Procuro tecer sem fio
Em decida em disparada
Por dentro
Parece que me esperam
Espadas

Oracao ja faz efeito
Injecao na infeccao
Amargo na boca e junto
O coracao
Perdao aceito e feito
E continua assim
Somente a dor
No peito





Thursday 10 March 2011

Pe de vento


Que por essa janela em viagem você possa ver além

Além do verde, o ouro por trás daquela igrejinha no horizonte

A luz clara além do reflexo de um rabisco no vidro pelo lado de fora

Decifrar além do borrão que passa rápido

Indecifrável imagem no capim à beira do asfalto

Focar além daquela árvore seca na colina estática, que despreza a física

Que em vida produziu vivo embora longe desapercebido teu fruto

Ver além do que nos guarda guiado ao som de chuva

No pé de vento sobre as folhas agora varridas a sua volta, em teu retorno

Vá além e toque em tudo, no que é real

Simples e puro

Tuesday 8 March 2011

À sua maneira


Nós

Pra me centrar

Com ou sem dor

Pra me paltar

Em linhas tortas

Retas ou brancas

Pretas em volta

Sem cor…


Pra me tornar

Tolerante de mim

Acender-me em teu rubor

Discernir o louco e o Santo

Livrando-o assim do ordinário pranto

Em tuas maneiras de aliviar-me

A dor



Saturday 5 March 2011

Janela de mim Guarani

Da janela do teu rosto

Pensamentos

Madrugada se pega

Se beija e se casa

Com o silêncio

Num véu de sereno

Que expulsa o perfume

De plantas e flores

Sobre um corpo

Moreno


Ladrilho de pedra

Na praça

Deixado para trás

Saudade no carnaval

Prometo

Nunca mais


Na crença divina

Percebi que em tal festa

Nem purpurina

E você colava

Tão sensível quanto minha boca

Que orava

A teu retorno esperado

De mim esquecido

Chamado um dia

De amado

Monday 28 February 2011

Frases na porcelana


As mil maneiras de dizer EU TE AMO transformam mais e mais frases

Que jamais tivera a intenção de ao menos significar e mostrar o que eu queria dizer

Que brota à cada uma delas uma folha nova, um ramo que não enxergara...

Ainda, mas que muta-se por segundo, a olho nύ

Na porcelana vemos trabalhos perfeitos de paciência

Que levaram meses a serem concluídos e que num segundo caído ao chão, se estilhaçam

Em partículas irreparáveis e a pintura então perdida

Nossa frágil porcelana está pronta, aliás, nos foi dada pronta como um presente

Só nos resta escolher as cores e a maneira com que devemos pinta-la

Sunday 27 February 2011

Sal da terra


No impulso por tras, um susto
Esse mesmo vento nao me diz em palavras
Mas sopra o meu barco a seguir tua espuma
No canal que leva os teus segredos durante a noite
Nesse caminho vai caindo o que o seu corpo clama
Impaciente como as velas
Em meio o sargasso e o sal
Sigo assim o sopro
Que desvenda pouco a pouco
O que em silencio me diz gritante
Que quanto mais ouco de voce
Mais perto o meu coracao se achega da tua luz

Monday 21 February 2011

Expresso desoriente


Eis que no silencio de um quarto em algum lugar foi posta uma cama
E sobre ela sedenta a abracar vida e calor
Meu corpo e o teu
Dentro e as avessas ao outro
Lingua desenhando na pele o mapa da fonte
Em circulos ate chegar nela
Controle mutuo que guiado na bussola por desejo
Meu corpo
Por fim ancorado bem fundo
Onde o teu corpo eh o cais

Sunday 13 February 2011

Flor do Inga


Seus olhos formam petalas
Trazendo o desenho de flores
E o teu corpo as exala sem culpa
Seu astral as colore euforicamente
Como crianca que pinta a "arte"inocente
Arranjos se formam por si
Em sorrisos botoes que se abrem
Ao receber a paz e refletir a luz
Na linda tarde que a tiara da tua aura
Dera teu rosto pra chuva molhar
A espera sem pressa de tudo
Trouxesse de volta
O senso absoluto
Que irriga o tronco
E a flor do cerrado, contudo








Wednesday 9 February 2011

Se eu quiser falar com Deus - Gilberto Gil

A espera

O sorriso não é tudo que me importa no teu rosto

Mas taMBém me faz sofrer quando não vejo...

Tua graça me traz força sem pensar

Mas taMBém a tua força há de aumentar...

Pela cursiva bordada ao teu nome

Paz se faz e a dor, some

Velando a espera

Pro meu corpo não morrer assim pelo teu

De fome.

Carlo Bonifacio - Marina morena - Dorival Caymmi

Sunday 6 February 2011

Luz do sol


Peguei-me entao de frente a essa arvore seca
E o quanto meu caminho era vazio
Flashes sem foco da tua face
Explodindo exatamente na divisao do racional
Seu brilho era o mais insano do beijo
Que acendia por completo a nossa casa
E tua presenca inundaria esse caminho
Nao fosse tal neblina tao intensa
Mas deixo de morrer pelas metades
Escutando entre as paredes o teu riso
E os passos na chegada da tua volta

Monday 31 January 2011

Cabocla


Cabocla em ar de santa
E os crespos com cheiro de sais
Que escorrem sobre os ombros
Se esconde atras de um muro e espia
Ate que ele venha do cais
Do portao serena se resvala
Pra ver se o seu mulato
Desce a serra desprevinido e desprovido
Num corredor canavial que ela o espera
Suada de esperanca
Pela expressao ou um simples beijo
Que rasgasse a fina renda em teu decote
No bico doce de um dos seios roubaria
Ingenuidade porque vontade dela mesma viria
Referente ao comprimento de apenas um
"Boa tarde sinhazinha"!

Tuesday 25 January 2011

B de Bom dia


Tenho certeza que o dia se apressou a levantar-se quando ouviu o teu bocejo,
pra recebe-la quando batesse a porta...linda. E te fazer compahia ate o destino na jornada
e que logo curvo se reverenciou e se despediu com o seu calor aquecendo por dentro de sua blusa
subindo ate a aura aumentando a luz em teu trajeto.

A Machado


Nao tenho o dom nem o utero
Mas a capacidade de gerar
Duvidas sobre o ballet de Maurice Ravel
A 5 avenida em Manhattan
Minha 6 serie perdida
As sete maravilhas
Oitava sinfonia de Beethoven
9 semanas e meia
Starry night fabuloso
De Vincent Van gogh
E seus girassois

A mente mutante
De Salvador excentrico Dali
Fundida a sonhos de pessoas
Acordadas falantes
De Sigmund Freud

As seis cordas de Johnny Marr
O cheiro do ralo de Mutarelli
As ramificacoes e caminhos na mente de Lispector
Os cem anos sem o nosso Bruxo do Cosme Velho
A tristeza que Os Trapalhoes me traz hoje
O sordido olhar dos viloes tal como Hitler
A fama dos icones sem cerebro

A literatura contemplativa contemporanea
A feminina coragem de Anne Frank
A nossa era
A profundidadejavan
Aos amores proibidos enfim...




Friday 21 January 2011

Cem questoes


Dentro de todas as questoes que me pergunto
Voce eh a unica que nao preciso de resposta
Por que o vento quente em meio a foligem
Nao me deixam ver de fato o que tens trazido
Pra me alimentar de maneira tao doce

Respiro fundo e perambulo no escuro da sala
Nem o barulho da chuva me traz de volta
E mais uma vez sem medo acho uma maneira
Simples de passar as duas ou tres horas
Mais lindas da minha vida desenhando teu rosto
Com cada gota que escorre naquela janela
E aqui nesse rosto

Thursday 20 January 2011

Porto


A tua pele e um convite inteiramente irresistivel
a saborear uma tarde onde o vinho trazido do Porto
num cesto de vime se torna apenas um detalhe simples
em nossa lista nos encontros de fim de tarde...

Wednesday 19 January 2011

Ao teu veu

A enfermidade da alma

Deteriorou a carne

Emperrou as portas

Onde a luz agora se apaga

Por ela que sai por último


Agora inocente e inconsciente

Uma casa aparentemente

Vazia

Luz prolifera-se

De fora pra dentro

Como o dia


Filtro transcendente

Por um senhor que eu sei

Nunca ausente

Eleva-me

Frequente


Instrumento por Ele

Transformador de energia

Lâmina afiada de luz

Água fria


Onda compulsiva

Chacoalho de ânimo

Mãos feminina

Irradia


Lançar-se de si

E emitir sobre mim

O véu da tua aura

Reanimando essa alma

E agradecer entao

Por fim…






Monday 17 January 2011

Djavan - Doidice

Reverie


Abrace esse dia que apesar de molhado
Traz a umidade que sereno escorre no teu labio doce
Que busco em minha certeza acreditar que tua presenca aqui dentro
Arranca de mim um mundo real


Sunday 16 January 2011

Ate o mar


Espero que o teu sonho se forme num vale
E que meu pensamento voado pela fresta
Dessa cela encontre teu sorriso la fora
E possamos assim voar juntos e descer ate o mar...

Thursday 13 January 2011

Desse Eu Voce

Toda sua simplicidade e reverencia me faz cair de mais alto
Seu vestido azul anil...bem clarinho.
Mas como ja vi o branco bastava dizer, vestido.
E eu cairia da mesma forma, da mesma altura
Da mesma quina de predio, no mesmo lugar...
Dentro desse VOCE que sou EU e desse EU
Que agora se transforma, e muta-se a Voce.
Escrever em metaforas as vezes se torna mais facil
Pelo fato de fotos que se armam num mosaico que sua mente
Organiza-os formando a ideia assim entao por ela proferida.
Sendo assim, pego todas as suas fotos no mundo real
E monto nosso proprio, onde vc so chora de rir
E somente sofre pela falta de experiencia no nascimento do primeiro filho
Mesmo assim chora pq eh feliz.. Por que voce sorri em todas elas...

Niteral


No frescor da manha de inverno
Teu natural perfume encontra a brisa
Surge assim o enlace e a primavera
Entao se antecipa... precoce.
Por onde quer que voce Maria minha,
Passe.

Tuesday 11 January 2011

Nocao de mim


Sem saber se fico, me jogo
Consequencia lida sim! Eu me importo.
Controle do que sei, nao mais
Fugir do vazio, pro escuro
Pra luz dos teus olhos, me empurro
Contato visual, anseio
No ultimo cais em Viena
Mar cheio

Efeito da lua em tua causa
Nervoso, sorrio sem jeito
Duas maos em teu rosto
Acalma
Seus cuidados comigo
Vestido branco que quara
Objeto celeste brilhante
Volto a deitar-me contigo
Acordo e te vejo no espelho
O dia se faz dessa imagem
Acredito, nao eh miragem
O ceu me ofusca a visao
Pipoca e televisao
Filme, cobertor e sorvete
Voce cantando em falcete
Um abraco meio apertado
Sai! deixa eu tirar essa blusa
Seu tarado!
Mordida na coxa grossa
No queixo nao, ela engrossa
Ja fiz de tudo por hoje
Cansei minha beleza
e por ela pudesse viver , fosse
Mas o que mais me contenta
E o sorriso dela, doce
Dormimos colados assim
perdendo cada vez mais
A nocao de mim.

A mais bonita


Voce sabia que es uma flor que me transfere passo a passo?!
E passo assim a fazer parte do jardim de todas as cores
Em bancos de praca, todos os amores...
Saudade do beijo, escorre o desejo
Risada por dentro, sem som e gritante
Me sinto de molho, olhada, so a tua de rabo de olho...
Me acabo assim; tomara que caia, nao largo esse rabo de saia...

Poetiza da alma, que por mim se exalta
Carrega essa minha essencia sua
Nua seja a verdade, e crua
Transforme o que queira
E traga do fundo
Vivo hoje em teu castelo
Sem portas, janelas ou elo

Palavras sao tudo
Te esfrego toda em mim
Pernas que tremem
Banho de sais e alecrim
Me entrego a tua saliva
Lagrimas enxaguam a si
Coracao sem lacre
Ou duvidas
Entregue e inteira
Somente a mim