Faco de conta que nem olho
Nem quero saber
Busco em mim mesma o que ninguem conseguiu ainda achar
E somente ele, arranca o veu do meu corpo tentando esconder
Que nao fora sua sublime intencao
Que passasse a foice na raiz de minha intriga
Que formasse palavras pelo intelecto sutil do apenas olhar
E as deixassem germinar pela boca
E que eu pudesse pelo menos tentar decifrar
Qual fosse o idioma
De trazer-me de volta ao mundo
Estourando a bolha onde me escondo
Apos eternos e incontaveis segundos
Defini assim meu medo aos poucos
Descobria menos e cada vez menos
Pensativa e perdida as sombras das duvidas
Nascia o que nos ligava
O desconhecido nos atrai por fontes inesperadas
E os olhos desse caro cavalheiro eh a unica fonte
Onde miro minha ultima moeda a um arremeco certeiro
Pra que meus desejos se tornem realidade