Que a tua beleza seja apenas o espelho
Wednesday 1 December 2010
Tuesday 30 November 2010
Monday 29 November 2010
Mal de mim
Com S no final...
Vi uma crianca hoje pela manha
Tuesday 16 November 2010
Maria
Arvore virgem
Saturday 6 November 2010
Tranca-afiada
Tudo que vai vem da raiz
Sunday 12 September 2010
Realeza
Faco de conta que nem olho
Thursday 9 September 2010
Sobre-saindo
Sinto o amor e ao mesmo tempo o odio aos olhos de quem me olha
Remedio
Como se fosse ideias num copo d`agua
Thursday 8 July 2010
Eleito direto
Desde que a palavra protesto
Caiu em esquecimento
O povo triste com o olhar desamparado
Vive de lamento
Sem rancôr e de olho fundo
Envelhece calado ao mundo
Na boca as palavras que minam
Os carros que passam buzinam
Banquim de calçada
Buzina de Vespa
Carroça passando
Ainda bem que hoje e sexta
A cidade se move
Enquanto o voto promove
Votos a quem se conhece
Destino sem URNA
E o povo é quem padece
Já sei que é você
Pra quê o suspense ?
Bilhete na mão sem valor
Desculpe! Não sabia que era só “Doutor”
Agora o povo anda estérico
Por um cargo ao Sr. Meretíssimo
Que lhe foi dado
Sem Mérito
Society moderna
Chacina na esquina
Não vendo ou assino
Nem aqui nem na China
Assassino esse voto
Em controle remoto
Destruo o bilhete
Em frente seu gabinete
Já sei, tire as mãos de mim!
Cueca, chinelo e sabonete
Dê adeus a imunidade
Agora somos nós que ditamos
A verdade
Quem disse que pimenta
Nos olhos dos outros não ardia
Vizinhos de Cela…
Se suas leis funcionarem
Quem sabe algum dia?!
Thursday 22 April 2010
Garibalda
Thursday 15 April 2010
Crueza de mim
Cara de mais velha
Expressões de velha?
Não,
Já faz parte.
Já faço parte? Não sinto.
Performance na dança do tempo
Atributo consequente de sua experiência
Responsável à sua maneira
Tudo e todos à sua volta se encarregam
De se responsabilizar e que as coisas
Se cuidem naturalmente e entre sí
Pois preocupações dentro de mim
Jamais um dia habitara
Espirituosa levo o meu termo
Livre e poderosa
E alguns que me vêem
Pelo lado de fora
Jogam pedra
Mas nao me apavora
Decido atitudes
Destino à deriva
Sorriso amargo
Mas sempre acertiva
Piso e me corto
Nos cacos de mim
E grito calada
Afastando de vez
Aqueles que um dia
Alegria me deram
Nem bato na porta
Nem quero
Fingir nao faz parte da trama
O que eu queria era somente
A compahia e uma cama
As coisas por aqui
Andam sem nexo
Não aguento nem mais sexo
Preciso me recompôr
Meus olhos merejam furor
Agora finjo que não sinto dor
Os dias vão passando
E isso aqui se torna um horror
Deixe-me ir embora por favor
A pouco até perdi a cor
Posso ir ou terei
Que me transformar em vapor?
Saturday 3 April 2010
Ofença
O cara fala o que quer, mas de mim não vai ouvir.
A essa altura, auto-críticas bem elaboradas são toleráveis e talvez
Educadamente discutidas.
A diminuta direta se anula dissolvendo-se no olhar
Vago e interrogativo daquele que se quer teve o entusiasmo
De trazer a atmosfera um clima menos insuportável.
Portanto com a sua licença…
Wednesday 31 March 2010
Generosidade governamental!
A ganância na política já é vício
A má atitude excessiva em pessoa
Desejo da mente intelectual que se acha única
Profunda dedicação ao ilícito
Ao aceno sorridente à multidão
Sucesso financeiro absoluto
Atos virtuosos
Que não aumentam
Nem caem dependendo da ação do mercado
Agora ele, novíssimo investidor...
Precisa entender que o Povo
Já questiona tal recompensa
Por tais grandiosos serviços
Isso nos leva com um punhal a boca
Ao coração da discórdia em busca
De explicações ainda em vão
O Povo e essa política aleijada
Andam em direções contrárias
Tropeçando uns nos outros
Sem desculparem-se.
Duas crianças com problemas
Neuro-motor à capacidade
De comunicação, mas à prática da corrupção.
Corromper, manipular, enganar...
A sua maior aptidão.
Pode-se chegar ao extremo da avareza
Tirando a vida de seu desafeto
A fim de o topo alcançar com destreza
O selvagem capitalismo, o seu único dialeto.
Posso então querer ser o átomo da paz
Que junto a outro se una cada vez mais
E na vitória às adversidades
Trocar pela generosidade...
E a inteligência nos faz escolher com sabedoria
Aqueles que nos representa com maestria.
Portanto, a falta de informação da maioria da população
Deixam à vontade, as lideranças de todas as instâncias
E o povo, perplexo, atônito, incrédulo, SEM AÇÃO!
Me falta o chao
O meu Deus ainda hoje se pega com o olhar
De quem monta um quebra-cabeças faltando pedaços
Com um dedo no queixo tentando lembrar o que fizera
Daqueles papéis que contiam anotações sobre os talentos
Que à mim eram endereçados
Mas a relação do mundo com o orgânico dentro de mim
Fez com que essa reciprocidade tornasse mais claro e certamente
Sem garantias de sucesso professional.
Friday 26 March 2010
Brasilia 50
Brasília
( Adriano Carrijo)
Teatro cortina aberta de palco
Onde reverente o Sol se apresenta
Espero pra vê-lo sair
Sussurra ao vento que ostenta
O mito das pedras dalí
Reflete a magia em seus rios
Espelhos e desafios
Um feixe nas folhas do Ipê
Cerrado que me fez crescer
Arquitetura vale bastante
Orgulho estampado
Por Niemeyer em meu semblante
Não dispenso a identidade
Que introduzimos a essa cidade
Massacrada e difamada por politicagem
Miscigenação multicultural
Rapadura, baião e mingau
Corações presos por amor
De quem mora e quem já morou
Da saudade que quer matar
E não param de pensar um segundo sequer
Em voltar.
Sunday 21 March 2010
Ao cerrado
Aquele poeta tentou formar-se em letras
Que usava intensamente as letras
Que abusavam do poeta
Que o deixavam sem dormir
Que exigiam minuciosas
Em troca de uma bolha
Que segundo as letras se tornariam
Em palavras
E crescendo mais um pouco virariam dialetos
Se alastrando venenosa tornariam-se idiomas
Esticando-se a vontade mais o avesso da pronύncia
O Poeta hoje tem a doçura dos costumes
Que formara sua cultura
E diferem tantos laços
Dos Países e outros sábios
De costumes e embaraços
Bolha essa de ilusão
Construída por ele em cursiva à mao
Caracterizou certamente a nação
E traz de volta ao coração
O que a distância
Espalhou no chão
Divido essa distância contigo
Preparo arranjos de trigo
À mesa se sentam os amigos
Surpresas virão eu te digo
Não perco a vontade jamais
Isso eu jurei por demais
Que um dia essa Bolha de sais
Ácido ou minerais
De dentro de sí sairia
Na esperada partida do cais
Poeta agora se salva
A sí próprio e tua alma
Mendigo de sua raíz
Escreve agora com giz
Foi isso que eu sempre quis
De volta ao cerrado querido
Agora como marido
Escrevo e ressalto
Em negrito ou colorido
O que eu no fundo sabia
Que dessa água eu beberia
E pro mundo real voltaria.