Sunday 21 March 2010

Ao cerrado


Aquele poeta tentou formar-se em letras

Que usava intensamente as letras

Que abusavam do poeta

Que o deixavam sem dormir

Que exigiam minuciosas

Em troca de uma bolha

Que segundo as letras se tornariam

Em palavras

E crescendo mais um pouco virariam dialetos

Se alastrando venenosa tornariam-se idiomas

Esticando-se a vontade mais o avesso da pronύncia

O Poeta hoje tem a doçura dos costumes

Que formara sua cultura

E diferem tantos laços

Dos Países e outros sábios

De costumes e embaraços

Bolha essa de ilusão

Construída por ele em cursiva à mao

Caracterizou certamente a nação

E traz de volta ao coração

O que a distância

Espalhou no chão

Divido essa distância contigo

Preparo arranjos de trigo

À mesa se sentam os amigos

Surpresas virão eu te digo

Não perco a vontade jamais

Isso eu jurei por demais

Que um dia essa Bolha de sais

Ácido ou minerais

De dentro de sí sairia

Na esperada partida do cais

Poeta agora se salva

A sí próprio e tua alma

Mendigo de sua raíz

Escreve agora com giz

Foi isso que eu sempre quis

De volta ao cerrado querido

Agora como marido

Escrevo e ressalto

Em negrito ou colorido

O que eu no fundo sabia

Que dessa água eu beberia

E pro mundo real voltaria.

2 comments:

Adriana Rocha Geografia/História said...

A vida de um poeta pode lhe ser triste, ter um ritmo diferente. A vida de um poeta é como a vida de um filósofo. Estuda e pensa intensamente, para descobrir novos horizontes e poder assim demonstrar novas medidas e capacidades analíticas sobre o Mundo. O poeta sofre por vários motivos, mas isso o torna um ser melhor, incapaz de fazer mal a alguém: Os amores, a saudade, a distância, são alguns motivos que o fazem sonhar e este é negado a viver sua poesia. Da sua boca só sai parte do amor que lhe devora e de suas mãos a perpetuidade da emoção. Amei sua poesia!

Adri@no said...

dri, Adoro seus Feedbacks porque voce responde com outra poesia, mais forte e mais energetica e isso me faz crescer demais. Te amo minha querida e vc eh muito importante no desenvolvimento dessas humildes escritas. bjooooo do adrix